Aurora Boreal 
A LUZ DO SOL
A LUZ DO SOL

FONTE RENOVÁVEL

À luz do sol

O Brasil caminha na contramão e desperdiça o enorme potencial de utilização da energia solar

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Márcio Moraes, arquiteto paulista
O sistema de geração de energia elétrica utilizando luz solar, com placas de células fotovoltaicas, é viável, apesar de pouco acreditado no Brasil. É desacreditado porque não existe empenho por parte das autoridades do setor em pôr em prática um planejamento de médio e longo prazo para desenvolver e fabricar equipamentos mais eficientes.

 

É viável porque o nosso país tem altíssima insolação média anual, muito maior do que a encontrada em países europeus, onde o mercado de produção de energia solar cresce com taxa anual superior a 20%.

Esse crescimento é conseqüência da aplicação de programas de incentivo criados em países como a Alemanha, que desde 2004 garante a compra da energia excedente. O cidadão adquire o equipamento, com financiamento do governo, e o que não consumir é destinado à rede pública. Esse excedente é medido e pago pela concessionária de eletricidade.

A população ganha com a venda e o país poupa energia. No caso, mais de 3 milhões de m² de área foram ocupados por painéis solares fotovoltaicos.

A Espanha, com uma seqüência de leis promulgadas nos últimos anos, planeja até 2010 ter um terço de sua demanda de energia suprida por fontes alternativas renováveis de alta eficiência.

No Brasil, os projetos pioneiros apareceram no início da década de 80 e tiveram como prioridade gerar energia elétrica em locais distantes dos centros de distribuição, como área rural ou comunidades isoladas, com a função de bombear água, alimentar sistemas de telecomunicação, sinalização etc. Hoje, o foco continua o mesmo, apesar de existir grande potencial para geração de energia elétrica em centros urbanos.

A falta de uma política setorial consistente - associada a ausência de incentivo de pesquisa, fabricação e utilização de painéis fotovoltaicos no uso residencial e comercial - determina as altas taxas de importação do equipamento, o que provoca o custo inicial muito elevado e a amortização em torno de 15 anos.

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EDITOR:  CABRAL